Na curva do tempo me encontro novamente em desalento, pensando na vida que iria viver. Tanto tempo perdido e outros bem aproveitei.
sábado, 8 de junho de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
Rosa Amazonida: Conflito interno ou duplicidade capitalista?
Rosa Amazonida: Conflito interno ou duplicidade capitalista?: Como se a lâmina de uma faca afundada até o punho meu coração fendesse ao meio uma parte de mim aspira ao que é grande abandonando os lu...
Conflito interno ou duplicidade capitalista?
Como se a lâmina
de uma faca afundada até o punho
meu coração fendesse ao meio
uma parte de mim aspira ao que é grande
abandonando os lucros e as vantagens
esquecendo a si mesmo;
de outro lado, no entanto, inconscientemente,
eu desejo o proveito.
Homem, abrigas em teu seio
duas almas
Não escolhas só uma;
duas não são demais,
Luta contigo mesmo,
um que sejas, mas sempre dividido,
unindo o alto e o abaixo,
unindo brutalidade e doçura
unindo estas duas almas!
Esse e o canto final da peça, que é uma paródia do final do segundo Fausto, de Goethe.
de uma faca afundada até o punho
meu coração fendesse ao meio
uma parte de mim aspira ao que é grande
abandonando os lucros e as vantagens
esquecendo a si mesmo;
de outro lado, no entanto, inconscientemente,
eu desejo o proveito.
Homem, abrigas em teu seio
duas almas
Não escolhas só uma;
duas não são demais,
Luta contigo mesmo,
um que sejas, mas sempre dividido,
unindo o alto e o abaixo,
unindo brutalidade e doçura
unindo estas duas almas!
Esse e o canto final da peça, que é uma paródia do final do segundo Fausto, de Goethe.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Negligenciando
Do nada nem bom
dia, nem dia.
Não ligo, nem
ligo.
Num fio de
pensamento.
A fala muda não
muda.
Engasgando a
saudade.
Dias e dias,
noticias tudo mudou.
Flores na estrada
e tudo é flores, risos, abraços de amores.
Nem boa noite, não
é boa!
Nem ligo não ligo.
Num fio de
pensamento embalo o sentimento.
Apurando e
maturando.
Bobagens não há
idade
Não muda a fala
que muda.
Saudades
engasgadas e rasgadas
Dia, noite e tempo
em tempo, para sentir tudo de novo.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
A corda que corda!
Andando em corda bamba de um lado uma montanha de outro uma estrada cheia de curvas, pedras no caminho, saltar a cada passo um personagem com suas máscaras de olhar firme.
Balança a cada passo que dou brisa mansa que consola o meu ser, um gole de vinho, ande de olhos abertos.
Inebriada durmo em colchões de flores mas acordo na corda bamba, inicia, começa, retorna, estudar, pesquisar, novo de acordo de novo...
As curvas e letras se embaralham num bailar de sons e cores embalando num rito de prazer e dor.
A atriz que triz que trisca num dançar da minha mão, chuva na tarde imaginando a chegada num êxtase me leva muito longe.
Na corda que acorda, minha corda, salto para vida, misturada de morte mórbida que jamais morre, máscaras sorriem para mim, vidros limpos no chão, acordo.
sapatinha meia ponta na ponta da corda, som, batuque de negros, arrepios.
Quarteladas estralam no pisar da dança, adrenalina na cabeça, subir alto, alto, alto e descer na corda, ponta cabeça, força na corda, acordo.
Na corda, sentada, de olhos fechados, não movo, não quero ser nada nem ir a lugar nenhum...
Balança a cada passo que dou brisa mansa que consola o meu ser, um gole de vinho, ande de olhos abertos.
Inebriada durmo em colchões de flores mas acordo na corda bamba, inicia, começa, retorna, estudar, pesquisar, novo de acordo de novo...
As curvas e letras se embaralham num bailar de sons e cores embalando num rito de prazer e dor.
A atriz que triz que trisca num dançar da minha mão, chuva na tarde imaginando a chegada num êxtase me leva muito longe.
Na corda que acorda, minha corda, salto para vida, misturada de morte mórbida que jamais morre, máscaras sorriem para mim, vidros limpos no chão, acordo.
sapatinha meia ponta na ponta da corda, som, batuque de negros, arrepios.
Quarteladas estralam no pisar da dança, adrenalina na cabeça, subir alto, alto, alto e descer na corda, ponta cabeça, força na corda, acordo.
Na corda, sentada, de olhos fechados, não movo, não quero ser nada nem ir a lugar nenhum...
Meyherhold e o teatro universal
Meyherhold buscava um teatro festivo, que "intoxicaria o espectador com taça dionisíaca do eterno sacrifício e faria dele um "quarto criador" , além do autor, diretor e ator". Sua participação seria emocional e não física Sua tarefa seria "empregar sua imaginação criativamente a fim de preencher os detalhes sugeridos pela ação no palco.
Dioniso, hypocritès e o Teatro!
Na Trácia havia um Deus chamado Dioniso, Deus da vinha e
da embriagues. Mas os gregos conservadores viam com suspeita os
seus ritos e combatiam sempre que podiam seus seguidores.
O Primitivo
cortejo de Dioniso consistia numa festa campestre onde iniciavam uma caçada
animal, de algum modo encarnavam o deus adorado. Musicas, danças,
vinho, fumaça de certas sementes tudo isso excitam os fieis à orgia mística;
estando eles disfarçados com peles de chifres de animais selvagens, chegam a
uma espécie de furor, que os induz a precipitar-se no rastro do animal sagrado,
quando encontrado é morto e despedaçado e devorado, numa furiosa confissão
humana de sede do divino e confuso anúncio da comunhão. Uma cena emblemática
onde Dioniso triunfa.
É a união entre os
homens e a natureza selvagem. festeja-se tudo, celebra-se para tudo, a colheita
d uva até a morte e ressurreição da vinha, lembrança da morte
e ressurreição do próprio deus.
Durante muito
tempo o culto ficou longe das cidades, civilizadas
e apolíneas.
Em algum momento
do ritual ocorreu uma mudança o ditirambo
o canto lírico. Um dia o coro
teria dividido em dois os corifeus dialogavam , mais ainda se tratava
de alguém de quem se
falava.
Certo dia um dos
corifeus falou em nome do deus, assumindo a sua existência," Eu
sou Dioniso" Um grupo de pessoas ébrias de vinho e musica, ébrias de entusiasmo,
suscita a fictícia aparição do próprio Dioniso que passa a falar e agir em seu
próprio nome, num verdadeiro aqui e agora. Esse é o embrião de uma
representação teatral.
D'Amico, Silvio, Storia del teatro drammatico. Milano, Garzanti, 1960
Estudo de história da cultura clássica. Lisboa, Fundação C. Gulbenkian, 1967
Pois o objetivo do teatro, a principio e agora, foi e é oferecer uma espécie de espelho à natureza, mostrar à virtude os seus próprios traços, à derrisão a sua exata efígie, à sociedade a verdadeira imagem do seu tempo...(Hamlet, Shakespeare, Cena II do III Ato)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Chuva na manhã, lembranças que vem com som da água que bate no alumínio velho
embala os meus sonhos e pensamentos que voam
banho de chuva saudades dos campos escorregadios das poças de água limpa na grama verde
meninos que correm a gritam na chuva que não quer parar.
relâmpagos correm pelos campos, som que se misturam a um gritos de desespero no ar " Volta para casa... Agora"!!! Acordei! A chuva forte ainda persistia pela manhã!
embala os meus sonhos e pensamentos que voam
banho de chuva saudades dos campos escorregadios das poças de água limpa na grama verde
meninos que correm a gritam na chuva que não quer parar.
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