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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A Encantada

Texto: Regina Cláudia
Personagens: Nima, Mani, Icanana, Encantada (Cobra grande), Pajé, homem branco.
Usa-se dois plano o presente e a memória.


I Cena
Som de pássaro
A encantada aparece e ver Icanana se aproximar do lago (assovia chamando Icanana para beira do lago)

Icanana:   " Cabocla bonita de cabelos longos e negros" (Icanana a beira do lago canta uma música indígena)
Charana, charana, charana aaaaa...
Uerepepe charana, uerepepe eeee...(bis)
(A encantada esturra, aparece de frente a Icanana, Icanana olha no fundo de seus olhos ficam por alguns minutos assim, a encantada afasta para trás como se convida-se Icanana a entrar no lago a encantada canta uma música (um som estranho aos ouvidos humanos) encantando a índia circulando ao redor de Icanana, ela completamente enfeitiçada um índio de belo porte, sai do casco da cobra senta de frente a Icanana pega em seus cabelos beija-a,  ele acaricia seus seios deita por cima  dela sons de pássaro invade o ambiente, ela desmaia a luz diminui é noite ele volta a ser a encantada, sai de cena, amanhasse ela  acorda com os sons de passarinho atordoada olha para os lados cai em si percebe que tem algo estranho em seu útero toca-o olha para lago ainda  (ouvi ao longe a voz de Mani chamando por ela, levanta e sai olhando para trás).

Mani: (encontra com Mani de supetão)
Onde você estava Icanana, toda aldeia procura por você?

Icanana: Estava no lago

Mani: Você enlouqueceu não sabe que é proibido ir ao lago encantado, e sozinha?

Esse é um trecho da peça que montarei em 2012.

Fuga!

Junto os cacos é jogo fora todos os dias,
pedaços de uma vida sem sentimento definido
Precisamos do fim, percorrendo os caminhos da sombra da lua.
É madrugada e o véu rasgado da noite vagueia a me procurar
Insistentemente acordo sem pensar, não quero pensar...
Sai para dentro de mim num sono profundo
Não quero voltar.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

V

Não vou decidir nada,
o vento que me trouce aqui,
arrancou do meu peito a flor
Não sei onde estou.

domingo, 21 de agosto de 2011

Mulheres Invisíveis I


Alda Braga: “Alda Braga, viúva carioca 25 anos recebe a carta “ler”
O desespero toma conta da personagem é a segunda carta de seu amante terminando todo o relacionamento.
Como ele ousa termina a nossa relação, pode ser a algum equivoco “ler novamente”
Não entendo o que pode ter acontecido para que ele termine assim, não posso volta para o meretrício, já é a segunda carta que responde desta forma.
Só há uma solução para provar minha inocência. (pega papel e caneta)
Carta: Sr. Luiz. Agora que sei a sua resolução definitiva pela última vez lhe escrevo para pela última vez lhe dizer que estou inocente, para lhe dizer que nunca o fiz foguete de coisa alguma, para lhe dizer que o que lhe disse na primeira carta que lhe escrevi já há tempos é que meu pobre coração sente e como priva; por si, pela sua ingratidão deixarei de viver pedindo-lhe para remeter minhas jóias, minhas roupas e algum dinheiro que tenho em casa para o Sr. Fernando Correia da Gama, Trav: Campos Sales 26A, Belém-Pará, lhe peço também que mande anunciar nos jornais do Rio de janeiro a minha Morte para que meus parentes reclamem minhas filhas. Lhe peço também que nunca se esqueça de quem tanto o amou que eu pela minha parte quando  baixar a última morada ai mesmo se possível for ainda hei de pensar em ti ainda hei de te amar. Adeus...
Assinado: Alda Braga. Fica sabendo que morro inocente, te peço que me faças o enterro e me acompanhe à última morada.

Toma o veneno que está no cálice.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A PASSAGEM.

Solida solidão, vinha só de passagem.
A dor de estar só sem estar.
Intensa insisti em voltar na madrugada fria.
Me perco em pensamentos, poesias, teatro e sons,
povoam meus sonhos, de noite e de dia.
Sentir sem poder dizer é pior do que morrer,
Morrer sem dizer é passagem.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O artista é um ingênuo. E preciso  reaprender a olhar  tudo como se fosse a primeira vez...

FIM!

"OS KANARANAS"

Os Kanaranas, como eram chamados pelo povo que vivia entre o km 60 e 90 da BR 317, essa etnia quase extinta foi quase que dizimada, não pelas correrias que acontecia constantemente na região do Acre, mas pela miscigenação, essa mistura de indios, nordestinos e negros  que aconteceu em certa regiões do Acre. Ainda hoje podemos  ver os os sítios e cemitérios arqueológicos  existentes; resquicios do  que foram um dia um povo que nem sequer sabem a sua origem, seus descendentes já não lembram de mais nada da cultura dos kanaranas.
Kanarana é um tipo de palheira da Amazônia, esses índios usavam essa palha em quase tudo que construíam, ainda hoje existem testemunhos de acreanos que chegaram a ter contato com esses índios.
Eu mesma conheço uma legitima Kanarana  Dona Marcelina com seus 90 anos, ainda lucida tenta sobreviver  a essa selva de pedra.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Conexão do amor.

Seculo 21 o motor da informação
Internet, net somos todos um e nenhum
Podemos tudo, achamos tudo, até você!
e-mails, torpedos nada é maior
Que os teus nos meus, energia que flui no toque.
Mão que brinda o orgão, carne treme de prazer.
Nada é melhor, informar sem perde a nitidez.
Esta feito, não há conexão maior que o amor.

Companheira da Noite!

Verdade.

Dificil de encarar, não dar para olhar
Necessidades surgem no caminho, mas eu não quero ver
Não pensa em você? Penso nele!
A distancia facilita tudo e complica tudo.
No amor não existe exatidão.
Solidão grita na noite resfriando o ser.
Sonho de olhos abertos, para não esquecer.

Tarde

Silêncio interrompido na tarde,
Gotas de chuva na telha
Música que embala o meu sono
O vento que abri a janela
Taquicardia, ufa foi só um susto!
O sonho que insisti em lembrar.
Não da para se enganar...

domingo, 14 de agosto de 2011

Rosa Amazonida: 25 de julho

Rosa Amazonida: 25 de julho: "Pneus no asfalto quente, mais de cem kilometros pela frente. Paciêcia a chegada ainda demora. Sede de sentir o pulso firme puchando meus c..."

O Gavião.

Sede do Seringal Gavião fronteira com a Bolívia de propriedade do Capitão Liberalino Alves de Souza, cenário onde minha família viveu entorno de 70 anos. Desda vinda do Capitão  no final do século XIX para o Acre já são 5 gerações em desenvolvimento.

"O Gavião"
Pernambuco meados do século XIX. Engenho de uma família tradicional portuguesa o filho mais novo chega da Europa é motivo de festa, amigos, vizinhos chegam para rever o rapaz que acabara de chegar é motivo de orgulho para o pai, afinal terminou os estudos e agora é ele o herdeiro que vai comandar os negócios da família.
Na manhã do dia seguinte António em seu quarto acorda ouvindo um som diferente mas ao mesmo tempo conhecido, abri a janela e senti a brisa da manhã  batendo em seu rosto, um cheiro de mato que lembrava a sua infancia naquele engenho, por um momento fechou os olhos, mas esse gesto foi cortado pelo som que vinha da árvore há cem metros de sua janela era um lindo gavião real com suas asas imponentes olhava firmemente em sua direcção parecia querer dizer algo. Imagina? Pensou o rapaz. Mas seria possível ser o mesmo gavião que eu salvei quando tinha 12 anos? Lembro como hoje encontrei-o com uma das  asas machucada, levei para casa de farinha lá o negros me ajudaram a fazer um guênto e colocar em sua asa com dois dias ele voou, era só um filhote de gavião, depois disto só o vir duas vezes.
Continuação em breve.

25 de julho

Pneus no asfalto quente, mais de cem kilometros pela frente.
Paciêcia a chegada ainda demora.
Sede de sentir o pulso firme puchando meus cabelos, não pensa.
É impossivel dirigir e sonhar.
O desejo interropido, num piscar de olhos. Mundo girou há 90º.
Me sentir no olho do furacão o que parecia que iria ser lindo acabou com os meus dias e  minhas noites.
Quatro da manhã acordo todos os dias como um relogio que martela na madruga.
Imagens, vultos numa mente cansada e preocupada.
Amanhã é outro dia você vai esquecer.
Amigos cultivam flores nas tarde insolaradas.
As crianças não jugam perdoam.
Demonstração, afeto e carinho era tudo!
Silêncio! A madrugada insisti em chorar.
Tempo de pensar e de escrever.
Quero volta! Não da!
Esperar e esperar...

Filhos do Tempo.

Numa tarde o vento soprou forte marcado para sempre a presença do filho do tempo
Tempo de ver
Tempo de sentir
Tempo de tocar
Tempo de sensibilidade
Tempo de ouvir sem falar
Tempo de amar sem cobrar
Tempo do silencio que habita dentro de nós
Tempo de paciência para mais tarde não doer.