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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Muyrakitans


Monologo
Dramaturgia: Regina Maciel

As mulheres portadoras dos muyrakitans chegaram ao rio Amazonas provavelmente pelos rios Iça. Napo, negro ou Japurá de acordo com os primeiros Karas. Essa mulheres foram vistas durante muito tempo subindo e descendo esses rios carregando com sigo objetos de rituais e adorno.
Essa rotina diária permanece ate o dia em que elas resolveram se estabelecer num lugar que passou a ser conhecido por Monte das Mulheres ou Monte Incamiaba.
Ao trocarem as terras do alto rio negro pelos rios nhamundá e trombetas as adoradoras da lua abandonaram seus respectivos maridos por que esses queriam que elas adorassem ao sol, enlouquecidas de tanta raiva mataram os curumins pegaram as cunhas e foram embora as ycamiabas passaram a ser chamadas mulheres sem marido.

Canto

É noite de lua nova na floresta as ycamiabas se aproximam do lago sagrado para festeja a festa da vitória, festeja assim após dias de expiação e jejum num lago de especial importância pois fica localizado no monte Yaci -Taperé ou Serra da Lua e o termino do primeiro ciclo menstrual das adolescentes debutantes delas participam a Morubixaba as avós, as jovens guerreiras e as iniciadas.
Em procissão vão aos bandos descendo a colina carregando potes cheios de perfuma em seguida desce NARUNA a guerreira chefe imponente em seu traje de gala em seus 50 anos Naruna ainda é uma forte e elegante mulher.

Canto

Amanhece o dia as guerreiras voltam às atividades de atencede as festa da Yacinorá todas participam da confecção dos Muyrakitans.
O talismã e confeccionado a partir da argila retirada do fundo do lago Yacy - Uaruá na noite anterior.
O Muyrakytam da direito as jovens de  se deitarem com o guerreiro que elas escolherem fato esse que ocorrera dentro de alguns dias.
Ao redor da fogueira elas preparam o banquete e relembram o dia que elas abandonaram as terras do Ayari.
Som......

Mas não muito distante chegava os espanhóis Francisco Orellana e Frei Carvajal.

Orellana: Rio grande e poderoso esse! (Diz Orellana)

Carvajal: Dizem que é o rio da guerreira! (Prossegui Carvajal)
Orellana: Rios de Amazonas!! Selvagens, Selvagens por todos os lado! Onde está as jazidas de ouro e prata onde está o reino das mulheres guerreira que os selvagens tanto falam.
Ele insiste a qualquer custo obter informações sobre as míticas mulheres insiste junto a um indígena prisioneiro e sem lograr nenhum êxito entrega-o  aos espanhóis para que esses comentam todos os tipo de abusos carnais e depois sem dó nem piedade joga o corpo quase morto nas margens do rio.

Vejam são mulheres primitivas!!!
A noticia dos tuxauas para os espanhóis estava confirmada.
As mulheres subião ao monte quando avistaram os invasores, mas que depressa substitui os objetos de uso domésticos por armas de guerra, amarram os cabelos ao redor da cabeça para melhor combater os intrusos e se preparam para o ataque!

Som do Torocano.

Os Kanury ouvi o som do torocano e vem se junta às vizinhas se dividindo em grupos.
A expedição e pega de surpresa.
Orellanada reuni os espanhóis descem dos bergamtins espanham-se nas canoas e enfrentam um grande exercito de índios a sua frente.

Orellana: Elas já haviam sido avisadas! (Grita Orellana)

As guerreiras mesmo sendo poucas e enlouquecidas de raiva combatem ferozmente os espanhóis.
O Comandante tenta chegar cada vez mais perto.

Orellana: (Em seus discurso histérico ressalta a sua natureza independente.)
Delas já ouvimos falar que andam em bandos e seus filhos fazem em uma determinada época do ano
Dizem, ainda que deles os homens imitam costumes, pois enérgicas, estimulam muitos deles a guerra.
Em meio ao combate Carvajal é atingido com uma flechada no olho Orellana faz um índio prisioneiro ele esperneia entre as águas os espanhóis o seguram
Orellana: Quem são as mulheres que ajudaste a guerria?
Índio: São mulheres de residem terra adentro
Orellana: Onde?
Índio:  Entre 04 a 05 dias da costa do rio
Orellana: E por que estava entre vocês?
Índio: Vieram proteger suas terras.
Orellana: Elas tem maridos? São Casadas?
Índio: Não!
Orellana: E como vivem então?
Índio: Sozinhas.
Orellana: Como sabe?
Índio: Eu mesmo estive lá em visita varias vezes levando-lhe tributos.
Orellana: Elas são muitas?
Índio: Sim eu conheço umas 70 casas delas.
Orellana insiste ainda mais, mas o indígena não está disposto a lhe fornece mais informações seguras ao invasor.
Então começa a lhe falar das virgens do templo do sol que se dedicam ao culto solar e cerimonial mágico – religioso dos INCA, essas mulheres moram em casas de pedras com paredes de folhas de ouro. Sua intenção e confundir o espanhol durante todo o interrogatório.
Orellana: Elas tem ouro?!
Índio: Sim! Existem ouro nas cinco casas do sol onde realizam seus rituais.

Impressionado com a possibilidade de tem reserva ourificas nas terras da ycamiabas os espanhóis nem percebe que as informações é da cultura andina.
Os espanhóis vem surgir do outro lado da margem um homem pintado de preto, corpulento e alto de aspecto feroz.
Índio: Ele come gente!! (Grita o índio)
Os espanhóis assustados soltam o índio e a expedição abandona a região das ycamiabas.

Poucos acreditam neste discurso fantástico.
Mas a verdade é que somos muitas Narunas talvez  sem a mesma autonomia, mas com a mesma força com o mesmo objetivo perdido no tempo. No inicio pegas nas correrias outras vendidas, trocadas por pelas de borracha, rifles ou espingarda entregues aos seringueiros seus novos donos.
Somos muitas Ycamiabas!!!










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