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domingo, 2 de dezembro de 2012

Infância I


Era domingo umas 10h da manhã entrei na boleia da caminhonete com meu pai, nem sequer sabia aonde ia, queria mesmo era andar por aquele mundo de meu Deus. Pegamos a estrada e depois entramos em um ramal, não me cansava de contemplar a beleza daquele lugar. Flores no caminho, paus de campos, castanheiras e sumaúmas.
Chegamos a um lugar que parecia o destino de meu pai, havia uma casa que aparentava  vazia, perguntei: mora alguém aqui? Não! Disse meu pai. Casa vazia... Pensei... Deve ter fantasmas! Desci do carro e corri para o campo atrás da casa, era lindo!  Grama baixa e bem verde havia um balanço, brinquei sozinha naquele lugar, depois desci achei um laguinho no final do campo que dava de encontro com a floresta, água limpa peixes amarelos, fiquei encantada... Sentei e contemplei tanto tempo que só ouvir meu pai gritar: REGINA! Pensei... Já! Há queria ficar mais um pouquinho. Mas ao subir a ladeira onde ficava a casa vi ao lado direito um pequeno cemitério, não contei conversa corri para lá e fiquei olhando cada lapide, perguntei para o meu pai quem eram as pessoas que estavam ali? Não as conheci minha filha, estão ai desde que eu comprei estas terras. E essa casa por que não mora ninguém? Já morou muita gente aqui, assim que tiver um pião que possa vir morar aqui a casa será ocupada. Eu me lembro de ter falado: Tem uma anergia boa nesse lugar é tão bonito, da vontade de ficar. E nunca mais voltei.

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